quarta-feira, 29 de maio de 2013

Coleção Otra Língua e as novas perspectivas da literatura latina




E editora Rocco lança a primeira parte de Otra Lingua, coleção de escritores que não compõem o cânone literário de Gabriel Garcia Marquéz, Guimarães Rosa e Julio Cortázar, mas que figuram novos horizontes da literatura latina e o modo de entendê-los.
No romance Asco, do hondurenho Carlos Moya de 1997,o exilado Edgardo Vega encontra o calado amigo de escola Moya em San Salvador depois ao chegar no país para o enterro de sua mãe. Indigna-se pelo lugar que nasceu e que preferiria manter distância. As pessoas se tornaram desprezíveis, o Liceu, a família, a esquerda , os políticos. Era para ele motivo do monólogo destruidor sobre tais estigmas inerentes ao subdesenvolvimento e suas peculiaridades.
Parágrafos proustianos anárquicos de críticas ao governo, a educação e os costumes. Moya se apoia em experiências altamente biográficas para compor o protagonista, em tom de desabafo. O escritor autoexílou-se em 1979, somente voltando em 1992 para cobrir a Guerra Civil de El Salvador em 1992, como jornalista. Asco é certamente a justificatica pela sua saída e tenta percorrer no seu ódio o entendimento do povo hondurenho e sua condição miserável, seus tiranos, a igreja e a hipocrisia das elites.
A novela recebeu o subtítulo Thomas Bernhard em San Salvador em homenagem ao estilo do autor holandês que, em seus romances, "critica durante a Áustria, seu país de adoção, e os austríacos maquilo de que são mais ciosos em termos identirários", explica Adriana Lunardi.
Escreveu A diáspora (1988) e é traduzido no Brasil pela primeira vez.
A Organização é de Joca Reiners Terron, que lançou recentemente A Tristeza Extraordinária do Leopardo-das-Neves (Cia das Letras)


Livro: ASCO
Autor: Horacio Moya
Tradução: Antônio Xerxenesky
ISBN: 978-85-325-2825-4
Páginas: 112
Formato: 14x21
Preço: R$23,50

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