Talvez com um tom desesperado em atualizar o melodrama americano das soap operas, Pelos Olhos de Maisie, baseado na grande obra de Henry James, de 1897, transpõe os valores da sociedade inglesa do século XIX em uma Nova York de hoje, caricata e individualista.

Ao contrário de Henry James, que destrincha os costumes ingleses, onde a Maisie do romance leva uma estrutura psicológica em vias de fato, dissimulando o que realmente pensava sobre todos, no filme Maisie é uma criança cujos recursos financeiros, educacionais e de lazer são um pretexto de relapso paternos e representa uma personagem ``pura´´, em quesito de moralidade cristã, no qual o mundo se degladia em preservar a pureza da santinha, em um mundo hipócrita seguido de atitudes infantis.
Em um jargão pitoresco de uma cantora de rock, irresponsável, drogada e submissa em domar suas próprias emoções, faz o papel de Moore ruir, pois parece um pretexto dos diretores Scott McGehee e David Siegel em usar os talentos da atriz em papeis seguros a sua maneira.
Beale é um galerista, outro esteriótipo do executivo, compromissado e frio. Maisie encontra refugio nos braços da sua antiga babá Margo, que acaba se tornando mulher de seu pai e o bartender Lincoln, o seu novo ``pai´´, pois se casa com Susanne.

O filme quer escapar pelas vias da fuga do espaço urbano, logo os valores implícitos da metrópole, como o individualismo a tristeza, e a indiferença, fugindo Margo, Lincoln e Maisie para o mar. Isso sugere uma busca da simplicidade em detrimento ao valores deturpados da cidade grande, onde os três sonhadores possam se esconder e viver sob um teto de idealizações primitivas. Um fiasco.
What Maisie Knew (2012)
99 min. - EUA
Diretores: McGehee e David Siegel
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