quarta-feira, 31 de julho de 2013

A via crucis da performance





A sérvia Marina Abramovic, 66 é sem dúvida uma das principais performers artísticas do nosso tempo. O rebuliço de suas performances começou nos anos 70, se pautando em expor os limites do público, do corpo e da mente. Seus trabalhos como Rhythm 2 (1974), Marina explora o subconsciente na performance, ingerindo drogas para controle de catatonia e depressão, incumbindo-a de domar o efeito no corpo e mente da droga, gerando um novo conceito dentro da performance. 
Ou Breathing in/Breathing out, que fez com o artísta e ex-marido Ulay(Uwe Laysiepen), que ligavam um tubo nas bocas dos dois até acabar todo o oxigênio. Passados 17 minutos os dois caiam desmaiados. Uma crítica sobre a relação e como ela pode acabar sugando o parceiro e destruindo-o.





No documentário Marina Abramovic: The Artist is Present (2012), Marina faz uma das mais suas mais audaciosas performances, na retrospectiva de sua obra lançada no MoMA, em 2010. Ela ficou em silêncio, sem se mover em uma cadeira enfrentando o público.ficando. Unicamente olhando para o espectador por 736 horas, seis dias por semana, durante 3 meses. 
O diretor do longa Matthew Akers, relatou sob a perspectiva da experiência, do fazer artístico de Marina, da criação da arte, o intimo da artista e da recepção do público. Uma longa via crucis da performer.





O que é arte? é uma pergunta que urge ao decorrer juntamente onde fica o limite da arte. Indagações nas ruas, chacotas no noticiário são naturalmente feitas. É difícil ser persuadido pela arte performática. Os tempos mudaram diriam alguns. Não atrelamos mais a arte performática como o conceito artístico, criado por Duchamp. A rebeldia hoje é vendida a preço de custo nas melhores lojas de departamento. Tudo virou encenação.
A presença de 750 mil visitantes na retrospectiva no MoMA justificam a questão. Os espectadores foram presenciar a quintessencia artística de Marina, ver através do espelho da performance, a sua imagem por muitas vezes dotada de dor, mas que resvalava em redenção às intempéries individuais acerca da humanidade. Marina acolhe como seus filhos a atenção perdida em suas vidas cotidianas. Quem sabe através da carga de ódio, medo, angústia, curiosidade, o espectador consiga salvar Marina de seu próprios dilemas, substanciados em alimento para a alma da artista.
O inferno são os outros, diria Sartre. E o céu também, diria Marina.





Marina Abramovic: The artist is Present EUA, 2012
Direção: Mattheys Aker
106 min.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Temporada Alemanha + Brasil 2013-2014 traz Werner Schroeter ao MIS




O MIS apresenta a partir de amanhã, em correalização com o Goethe Institut, a retrospectiva Werner Schroeter. Roteirista e diretor de cinema, teatro e ópera, ele era conhecido por seu estilo marginal, de excessos e abusos. Descrito pelo diretor Hans-Jürgen Syberberg como um dos verdadeiros revolucionários do nosso tempo, Schroeter dizia que todos os seus filmes testemunhavam sua busca por uma forma de comunicar vitalidade, beleza e o prazer da criatividade. Schroeter começou sua carreira cinematográfica em 1967 e foi uma grande influência para o cinema alemão. Ao passar pela direção de óperas e pela fixação por Maria Callas, Schroeter se pautou juntamente com Win Wenders, Werner Fassbinder, como precursores do cinema moderno alemão, pautados pela roupagem inicial da Nouvelle Vague, mas abordando temas políticos e sociais. 

A programação integra a temporada da Alemanhã + Brasil 2013-2014

Confira a programação:


30 de Julho
Willow Springs

16h - Argila (1969, 33 minutos. Ficção)
Piloto de Bombardeio (1970, 65 minutos. Ficção)
18h30 - Anjo Negro (1969, 71 minutos. Ficção)
20h - Eika Katappa (1969, 143 minutos. Ficção)

31 de Julho

16h30 - A Morte de Maria Malibran (1972, 104 minutos. Ficção)
18h30 - Willow Springs (1973, 78 minutos. Ficção)
20h - Ensaio Geral (1980, 89 minutos. Documentário)

01 de Agosto

16h30 - Concílio de Amor (Liebeskonzil) 1982, 90 minutos)
18h30 - Dia dos Idiotas (Tag der Idioten) 1981, 106 minutos. Documentário)
20h30 - A Estrela Risonha (Der lanchende Stern) 1983, 109 minutos. Documentário)


O dia dos Idiotas


02 de Agosto

17h - Os Flocos de Ouro (Goldflocken) 1976, 160 minutos)
20h30 - Dia dos Idiotas (Tag der Idioten) 1981, 106 minutos)

03 de Agosto

14h30 - De l'Argentine (1986, 94 minutos. Documentário)
16h30 - Os Flocos de Ouro (Goldflocken) 1976, 160 minutos)
18h30 - A Morte de Maria Malibran (Der Tod der Maria Malibran) 1972, 104 minutos)
20h30 - Concílio de Amor (Liebeskonzil) 1982, 92 minutos)

04 de Agosto 

14h30 - À Procura do Sol (Auf der Suche nach der Sonne) 1986, 94 minutos)
16h30 - Concílio de Amor (Liebeskonzil) 1982, 90 minutos)
18h30 - Ensaio Geral (Generalprobe) 1980, 89 minutos. Documentário)
20h30 - Anjo Negro (Der Schwarze Engel) 1974, 71 minutos)

Noite de Cão


06 de Julho

17h30 - Noite de Cão (Nuit de Chien) 2008, 117 minutos)
19h30 - Os Flocos de Ouro (Goldflocken) 1976, 160 minutos)

07 de Julho

16h30 - De l'Argentine (1986, 94 minutos. Documentário)
18h30 - Noite de Cão (Nuit de Chien) 2008, 117 minutos)
20h30 - À Procura do Sol (Auf der Suche nach der Sonne) 1986, 94 minutos)

Onde: Avenida Europa, 158 - Jardim Europa - São Paulo / SP
Quanto: Grátis

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Projeto Jazz Na Fábrica ocupa o SESC Pompeia no mês de agosto




O SESC Pompeia em sua terceira edição do Festival Jazz na Fábrica, esse ano traz muitas novidades. Primeiro a duração de um mês de atrações nacionais e internacionais, com nomes consagrados do jazz, a partir de 1º de agosto até 1º de setembro.


Os destaques desse ano é a perspectiva do jazz oriundos da África e da América Latina, trazendo nomes como Richard Bona (Camarões), Afrikkanitha (Angola), Álvaro Montenegro (Bolívia), Edsel Gomez (Porto Rico) e Christian Galvez (Chile). 




McCoy Tyner
Já o cânone norte americano compõe McCoy Tyner, 75, ex pianista de John Coltrane em seu tempo aureo de quarteto, de 1960 a 1965 e  Roscoe Mitchell, lenda do free jazz. Também participam nomes contemporâneos como o trio Sun Rooms, criado em 2008 em Chicago. Um dos músicos mais requisitados no blues, jazz e R&B, o organista Dr. Lonnie Smith, continua sua tradição do uso de seu órgão Hammond há mais de 50 anos.
Já a grande cantora Macy Gray tem uma homenagem do saxofonista David Murray, que dará os arranjos em um mergulho no repertório da cantora e dos clássicos do jazz, que contará com uma big band de 15 músicos. Macy Gray como cantora e atriz, influenciada por Billie Holliday e Betty Davis, é famosa pelo seu timbre rouco onde trará a mise en scène das crooners que arrebataram o cenário musical do jazz tradicional.



Dr. Lonnie Smith

Haverá nomes europeus de peso como Wolfgang Muthspiel, um dos maiores nomes do jazz da Austria, que joga o jazz com influências de música clássica contemporânea. O franco-libanês Ibrahim Maalouf mescla a música oriental e o ocidente com seu trompete de quarto de tom.


Raul de Souza
Raul de Souza, João Donato, Rabotnik, Alegre Corrêa, Ivo Perelman, Letieres Leite e Duo Nazário são a presença nacional do jazz e música instrumental. O trompetista Raul de Souza tocou com Airto Moreira e Flora Purim e é dispontado um dos grandes nomes do jazz, choro e samba e Donato é o músico mais influente dentro e fora do país, fez uma fusão de jazz, bossa nova e ritmos latinos. 

  

Doreen Ketchens Trio
O projeto contará com Jazz Na Rua, um evento que trará shows de jazz  gratuitos na rua principal da unidade, podendo contracenar com as demais atividades do SESC Pompeia. Terá nomes de peso como Doreen Ketchens Trio, que traz a sonoridade do berço do jazz em New Orleans. Considerada a versão feminina do clarinete de Louis Armstrong, Doreen funde elementos tradicionais do jazz raíz, com nuances de jazz moderno. Os brasileiros do Riverboat´s Jazz, trarão os standards clássicos do jazz da década de 20 e 30. 

Já no Deck do SESC, haverá o Jazz ao Por do Sol, onde haverá discotecagem e oficina de criação artística voltada para crianças.

Programação:
 http://www.sescsp.org.br/programacao/8184_JAZZ+NA+FABRICA#/content=programacao

SESC Pompeia 
R. Clélia, 93 - Água Branca




domingo, 28 de julho de 2013

Dostoiévski no Museu Segall

Começa hoje no Lasar Segall a mostra "Noites Brancas: Dostoiévski Ilustrado", a mostra traz 64 obras, entre gravuras, desenhos e livros editados no Brasil e na Alemanha, com a curadoria de Samuel Titan Jr., professor do departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo.










Além de Segall (1981-1957) e Goeldi (1985-1961), a mostra recebe mais 12 artistas, com 44 obras expostas pela primeira vez no Brasil, vindas de dois museus da Alemanha, o Gabinete de Gravuras, de Dresden, e o Museu Lindeneu, de Altenburg.




A mostra procura elucidar o diálogo formal e temático que Segall e Goeldi mantiveram com o Expressionismo alemão, representando na exposição por uma série de obras de nomes ligados ao movimento, como os alemães Erich Heckel (1883-1944) e Otto Möller (1883-1964) ou o austríaco Alfred Kubin (1877-1959).


Onde: Museu Segall
Quando: de 28 de julho a 09 de setembro
Horário: de segunda a domingo (exceto terça-feira), das 11h às 19h
Quanto: Grátis

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A Mutabilidade da Representação





O Sesc Vila Mariana abriga a partir de 16 de julho a mostra Geraldo de Barros: Jogo de Dados + Sobras[1980_1990], do fotógrafo, gravurista e designer Geraldo de Barros (1923-1998), um dos mais proeminentes artistas concretistas brasileiros. 









Com a curadoria de sua filha Fabiana de Barros e Cris Faria, a mostra se pauta em duas séries de Geraldo especificamente. Jogo de Dados e Sobras. Em Sobras, Geraldo realiza três anos antes de sua morte. Usa-se de recortes dos negativos fotográficos escondidos em suas gavetas, onde fez colagens em placas de vidro. O resultado virou um filme com direção de Michel Favre, realizado em 1999, que pode ser visto na mostra.
Em Jogo de Dados, há 55 peças feitas com o uso da proporção Aurea, onde a geometria é feita em fórmica, derivando as formas adjacentes, também submerso ao universo de Stéphane Mallarmé. A concepção da série foi feita nos anos 80 na Hobjeto, sua fábrica de móveis.






Sua arte antecede ao movimento concretista, como formador de vanguarda com influências de Mário Pedrosa (1900-1981), primeiro expoente da crítica de arte moderna no Brasil.
É interessante o modo a qual foi exposto as séries, com uma organização industrial, velando a uniformidade da distribuição do quadros concomitantemente ao uso das formas harmoniosas de Geraldo. Seu uso das técnicas fotográficas e o desenho industrial com o uso da arte concreta no uso de figuras como o efêmero, a quebra de tempo e espaço, a partir da recolocação de imagens e em suas colagens que dão novos âmbitos na figura da mutabilidade da representação, seja na intervenção fotográfica ora no design de peças moveleiras.
Há na exposição um espaço lúdico com brincadeiras ditas ``mallarmaicas´´, com o uso de dados que objetiva a desconstrução e reconstrução da obra de Geraldo de Barros, podendo o visitante brincar com a sua obra.
A mostra acompanha o lançamento de seu livro Geraldo de Barros: Isso, lançado pelo selo Sesc.








Geraldo de Barros: Jogo de Dados + Sobras[1980_1990]
Sesc Vila Mariana 
Terça a sexta 10h às 21h30 
Sábados 10h às 20h30
e Domingos 10h às 18h30
R. Pelotas,141 - V. Mariana 
Até 8 de Setembro
Entrada Gratuita





quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Encurralamento da Ciência





Claro que vamos ao cinema ansiosos por ver qualquer longa sobre psicanálise. Ainda mais sobre o médico que influenciou Sigmund Freud, Jean- Martin Charcot (Vicent Lindon), que no filme Augustine (2012), entra nos meandros do inconsciente da paciente Augustine (Stéphanie Sokolinski), jovem servente de família nobre francesa, que ao sofrer ataques atípicos, vai ao hospital La Salpêtrière, onde clinicava Charcot. Mais tarde Freud também estagiara por lá, no fim do século XIX, onde a epifania de objetar o inconsciente e a cura psicanalítica imortalizaram-o como pai da psicanálise.



Charcot usa-se de métodos revolucionários para a análise como o uso da hipnose e adentrou sobre as gravuras do século XVI, para entender a figura das histéricas ao longo da história, que eram interpretadas como bruxas ou que ocultavam o demônio em seus corpos, levando-as a fogueira. Histéria foi nomeada, a doença que atingia somente mulheres. Hysteron, significa útero, muito provável que a origem seja a repressão sexual.

Alice Winocour, que dirigiu o filme, fez uma vasta pesquisa sobre o trabalho de Chacot, mas sempre afirmou ser um longa de ficção.
Vicent Lindon, ao contrário, não se baseou em nenhuma pesquisa, apenas o necessário roteiro, e diz que criou o seu Charcot, como qualquer outra personagem. 
O filme não se trata de um processo de cura histérica. O filme estigmatiza a figura da doença como um quebracabeças difuso, que mesmo Charcot não incumbe em entendê-la totalmente. Charcot adentra em um meio teatralizado de histéricas fingidoras e a mentalidade da medicina na época, tão fria e arrogante, destratando as pacientes como cobaias.
A beleza do filme é a figura de um médico de vanguarda, perdido na limitação de seu tempo, com todos os tabus inerentes a sociedade onde vive, e o encurralamento da ciência a qual sofreram grandes gênios na evolução da história. 




Augustine
Produção: França, 2012
Direção: Alice Winocour

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Em meio ao caso Trayvon, CCBB traz mostra do pioneiro do cinema negro



Estreia hoje, dia 24 a mostra Oscar Micheux: O Cinema Negro e a Segregação Racial, no CCBB São Paulo.
Essa mostra contará com a exibição de The Homesteader (1919), o primeiro longa assinado e produzido por um negro americano. Oscar Micheux (1884-1955) foi pioneiro em produzir muitos filmes, cerca de 44 longas, únicamente com o espectro de visão negro, ante ao segregacionismo a política inquisitora contra a comunidade negra e o modo de vida dos negros nessa época cuja proteção política e constitucional inexistia, criando não filmes simples de negros, mas incríveis tramas de personagens complexas e profundas.


Filhos Adotivos de Deus (1938)
É imprescindível a marca de Micheux como contraponto à caricaturas do cinema branco americano, como David W. Griffith em O Nascimento de Uma Nação e Alan Crosland no primeiro filme falado da história, O Cantor de Jazz. Seu cinema como peça política é necessária até como documento de comportamento da sociedade americana. 
Coincidência ou não, em meio a turbulência do caso Trayvon no EUA, a mostra percorrerá em 27 longas, muitos desconhecidos até para os cinéfilos como O Exílio (1931), que adentra em um amor impossível em Chicago, devido ao vício de jogo de Edith. Jean então volta para a Dakota do Sul para prosperar como fazendeiro, mas a culpa o faz procurar Edith em meio ao submundo do vício.
Em Filhos Adotivos de Deus (1938), remete ao clássico de Douglas Sirk. Naomi, uma menina negra, se faz passar como branca rejeitando suas raízes. Micheux não vitima a condição da jovem, mas critica a sua submissão ao racismo, em negar sua mãe para ser aceita no mundo branco.


O Exílio (1931)


Mostra Oscar Micheux: O Cinema Negro e a Segregação Racial
CCBB-SP (R.Álvares Penteado, 112 - Centro)
$4
De 24 de Julho a 5 de Agosto

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O dia a dia dos Renoir





Gilles Bourdos retrata o mito Pierre-Auguste Renoir (Michel Bouquet) em Renoir (2012) de forma cotidiana, desprovido da construção magnânima de sua obra biográfica, retratando sua fase final, e o pintor já velho e sofre de uma forte artrite, deformando suas mãos e corpo, quase o impedindo de pintar.
A garota Andrée(Christa Theret), que aparece de forma petulante ao artista em seu retiro em Collette´s, em Cagnes, Côte d´Azur, que dizia ser indicada pela falecida esposa de Renoir, é dada pela mulher fatal, que conquista a todos pela sua beleza e a personalidade forte, muito liberais para a época.




Renoir sem dúvida exerce o patriarcado sobre a casa, cerceado de mulheres ao seu dispor. Acaba se envolvendo na pintura ao definir a jovem modelo em sua perspectiva artística renovando seu desejo em perpetuá-la em sua obra.
Andrée acaba se envolvendo com Jean Renoir (Vicent Rottiers), lenda do cinema, na época um jovem de 21 anos, ofuscado pelo nome do pai, tenta roubar a perspectiva da obra de seu pai sobre Andrée e redefinir uma idealização amorosa como antítese. Ferido durante a I Guerra Mundial, Jean recebe licença médica, retirando-se na casa de seu pai.



O filme não é mais uma tentativa de cinebiografia, trata-se de elucidar gerações diferentes de artistas, pai e filho, ambientalizados como um dos quadros do mestre impressionista, sem se atrelar a amarras temporais de espaço e tempo. A fotografia é um jogo impressionista, movendo-se como figuras vivas de obras do pintor, aproveitando dos jogos naturais de luzes e harmoniosas cores.
Andrée  é um obstáculo para os dois, o pai em renovar a estética da pintura e o filho, em moldar sua perspectiva futura. Seu futuro como pintura ou como musa do cinema, é o mistério da idealização de cada artista sobre a garota. Trata-se da construção da arte mais do que um excerto biográfico de cada artísta, também mostrando as fragilidades, angústias e medos dos dois grandes imortais das artes de todos os tempos.



Renoir 
Produção: França/Itália, 2012
Diretor: Gilles Bourdos


sexta-feira, 19 de julho de 2013

The Gros Rouge Observer: Música nova do Yuck, Piracema Do Amor e Dudé Casado





A nova música da banda Yuck foi lançada e se chama Rebirthm, anunciando seu segundo álbum. O título é sugestivo após a saída do frontman da banda Daniel Blumberg. O vocal é substituido por Max Bloom. O disco novo do Yuck é produzido por Chris Coady, pela gravadora Pharmacy Recording Co/ Fat Possum. 
Bloomberg tem o projeto Hebronix, pela ATP Recordings e lança o disco Unreal. 




Download de Rebirth

2



O novo disco da banda Do Amor está disponível para o Download. 


Download


3


O cantor e compositor Dudé Casado é uma das novas apostas de música independente do Brasil. Nascido em Juazeiro do Norte, ganhou destaque nacional e internacional quando integrava a Dr. Raíz, banda caririense que mesclava o rock com o resgate da música regional.

Agora Dudé se une à suas criações para lançar seu primeiro trabalho solo. Com elementos baseados no rock n´ roll, folk, psicodélico e inspiração na música regional, ``A esquerda de quem vem´´ foi produzido pelo guitarrista paulista Pedro Penna e traz uma sonoridade particular, contendo faixas inéditas. Entre canções `` Onde você Vai?´´, `` Espelho antigo´´, ``Pedrinhas do Rio´´, ``Triste Sinais´´ e ``Sem nome´´, todas elas gravadas no estúdio Casa da Árvore, em São Paulo.

Foi na adolescência que Dudé deu seus primeiros acordes. O contato com a música surgiu de forma auto didata. Logo vieram as primeiras participações em bandas de rock underground caririenses.

Download







quinta-feira, 18 de julho de 2013

Anunciados hoje os 30 filmes do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro



Foram divulgados hoje os 30 filmes que participarão do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o festival que chega sua 46º edição acontece nos dias de 17 a 24 de setembro.

Foram escolhidos seis filmes para cada categoria : longa-metragem ficção, longa documentário, curta-metragem ficção, curta documentário e curta de animação.

Revelando Sebastião Salgado

Os vencedores, apontados pelos dois juris (oficial e popular) levarão o troféu Candango e prêmios em dinheiro. Para o melhor filme, o valor é R$250 mil.
Na abertura do festival será apresentado o documentário "Revelando Sebastião Salgado", de Betse de Paula.
Os filmes da mostra competitiva serão exibidos simultaneamente no Cine Brasília e nas cidade de Gama, Sobradinho, Ceilândia, Taquantinga e Guará. No dia seguinte à apresentação, serão reprisados no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
A programação do festival também inclui seminários com palestrantes nacionais e internacionais e oficinas de roteiro, direção, trilha sonora e finalização digital.

Longa Avanti  Popolo


Confira os selecionados para compor o festival deste ano.
http://www.festbrasilia.com.br/noticia2

terça-feira, 16 de julho de 2013

Infância e violência




Adaptado do romance de Juan Pablo Villalobos, Festa no Covil, vira peça com direção de Mika Lins e atuação de Marcos de Andrade.

A história gira em torno do universo de Tochtli, uma criança criada no meio do jogo do narcotráfico, cujo pai, Yolcaut, comanda um grande negócio de cocaína no México. Mas a peça não se atrela a mais um jogo de denúncia de violência nem de destutuição à chaga do estado paralelo e o problema das drogas e do subdesenvolvimento do México. Trata-se da visão da criança para essa situação, pela história e cultura, inerente a cultura de seu país e a influência direta em sua formação.



Tochtli, com sua visão de mundo construída no arcabouço em que está enfurnado, uma mansão imersa em meio a armas e a paisagem onírica de ostentação em que Yolcaut lhe dá, como uma infindável coleção de chapéus históricos e a gana momentânea por um hipopótamo anão da Libéria. Leva em contraponto, seu tutor Mazatzin, onde herdou o arguto desejo em pesquisa pelos livros. 
Tochtli é inteligente e adentra nesse mundo novo do tráfico que ele aprende a conviver, com suas peculiaridades e destino trágico praticamente traçado. Não por isso ele deixa de sonhar e exasperar-se em mergulhos imaginativos, acerca de sua inocência, os filmes de samurais e seu jogo de palavras ``sórdida, nefasta, patética e fulminante´´, que muitas vezes funde-se ao meio do crime a qual está submetido ou aos compadrinhamentos, que como clãs devem-se unir contra a traição do o inimigo.   
A beleza da obra é não acercar-se de moralismos na composição de encarnar a cultura mexicana ou latino americana, pois as semelhanças acabam vindo à tona. A violência, o narcotráfico e a formação da identidade cultural, há alguns anos motivo de chacota, gera um dos maiores protagonistas da literatura cotemporânea, juntamente com Garcia Madero, de Detetives Selvagens de Roberto Bolaño, também ambientalizado no México.







Centro Internacional de Teatro Ecum

Sala 2

De 9 de novembro à 15 de dezembro
Sábado (21h)  e domingo (20h)

Rua Consolação, 1623







Dica do Gros Rouge:

Festa no Covil 
Juan Pablo Villalobos 
Companhia das Letras 
96 págs.






segunda-feira, 15 de julho de 2013

The Gros Rouge Observer: Capa do novo álbum do Arctic Monkeys e Arcade Fire e novo EP do Vaccines

1.




O Arctic Monkeys liberou hoje a capa do seu novo disco "AM" que chega as lojas no dia 9 de setembro. O anúncio da capa foi feito ontem pela banda através do twitter.


O primeiro single do álbum "Do Wanna No?" foi revelado em meados de maio.




2.

E uma possível capa do novo disco do Arcade Fire também foi revelada

Sem grande pretensões, a banda anunciou a data de lançamento do novo álbum que ainda não tem título definido pelo twitter. Em resposta a uma fã, eles avisaram que o sucessor de "The Sububs" (2011), sairá no dia 29 de outubro.
Também pelo twitter, a banda postou uma imagem da possível capa do novo álbum. Agora é aguardar por mais novidade que claro, você confere aqui.



3



Sai dia 11 de agosto o novo EP do Vaccines, Melody Calling. Com produção de John Hill (Rihanna e M.I.A) e Rich Costey (Franz Ferdinand e Muse), o EP foi gravado no Eldorado Studios, em Burbank, Los Angeles.

Mellody Calling
Do You Want a Man?
Everybody´s Gonna Let You Down
Do You Want a Man? (John Hill & Rich Costey remix)

A primeira faixa já saiu e você confere aqui: