
A trama é simples no filme Espuma dos Dias (2013), do cultuado diretor francês Michel Gondry. Colin (Romain Duris), o dândi vida boa, e sua amada Chloé (Audrey Tautou), a pura, vivem um amor impossível. O romance homônimo do surrealista e trompetista Boris Vian, serve de base para o seu artifício cinematográfico, que torna Gondry próximo a criação de Georges Méliès.
Gondry, também conhecido no meio musical por dirigir nomes como Bjork, Radiohead e The White Stripes, não foi mais ameno por se tratar de um romance de Vian. Foi arguto em fazer a sua mise en scène, de forma tão orgânica, contrapondo os efeitos barulhentos de Hollywood. Fez o ritmo frenético do jazz que inspirou a prosa de Vian, com a era tecnológica, dos dias atuais.
``Queria criar um mundo igual ao de hoje, mas pensando que as coisas seguiram outra direção a partir dos anos 40, um mundo paralelo´´, diz Gondry sobre seu filme.


Engraçado é unir atores como Omar Sy (Os Intocáveis), Audrey Tautou (Amélie Poulain) e Romain Duris ( A Datilógrafa). Todos eles cerceados por filmes cuja inocência, marcaram pelo apelo do politicamente correto e do fantástico desse novo cinema de sucesso francês, para justificar debates sobre o preconceito, morte e crise econômica. Com um elenco múlti étnico composta por europeus, árabes e negros convivendo pacificamente, sem nenhum ranço de preconceito. Essa parte do filme ficou dúbia, mesmo o filme tendo uma intenção de ser fofo. Será uma tendência do cinema francês ou do mundo inteiro?
Mesmo assumindo um discernimento das obras e tudo mais, o filme é uma possível sequência de O Faubuloso Destino de Amélie Poulain (isso opinião pessoal).
Dica Gros Rouge:
A Espuma dos Dias
Boris Vian
Cosac Naify
256 pg.
Tradução de Paulo Werneck
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