terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nouvelle Vague Grega?



Um dos filmes laureados pelo festival de Veneza com prêmio de Leão de Prata, Miss Violence, é sem dúvida um dos filmes mais polêmicos do ano.
O filme marca um contexto meio Nouvelle Vague com uma série de destaques nos últimos anos na produção grega, como Attenberg (Athina Rachel Tsangari) e Dente Canino (Yorgo Lanthimos).
Alexanos Avranas se pauta em casos reais ocorridos na Alemanha em 2010, em uma familia de tronco burguês, cujo aniversario da filha Angeliki culmina em um suicídio inesperado da garota que completara 11 anos.





A instauração de uma dissolução da instituição familiar e a luta contra um Estado que não busca por ajudar as vítimas dessa injúria, logo se esvai contrastando com as revelações pertubadoras que a narrativa de Avranas proporciona.
O filme não choca apenas por isso, mas a passividade da violência de quem recebe-a como de quem a promove. Buscamos inocentemente quem seria a Miss Violence ou quem seria o pai desta família os quais simplesmente não fogem desse abismo.



 
Os ares de uma metáfora da crise econômica ecoa sobre o resquício moral que cerca quem ainda quer se apoiar em instituições sólidas como a família, a classe média e prega pela sua individualidade corrompida pelo drama da violência familiar, de forma a torná-la parte de si, algo natural.

Miss Violence (2013)
Alexander Avranas 

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