sexta-feira, 7 de junho de 2013

Eric Rohmer documental


Estreia dia 11 a mostra Rohmer, o homem e suas imagens, abrange a fase documental de sua filmografia. Em cartaz no Centro Cultural de São Paulo, a mostra além dos 8 documentários de Rohmer, mostrará mais 6 produções de outros diretores, os prediletos do homenageado da mostra, entre os quais Tabu de F. W. Murnau, O Segredo do pântano, de Jean Renoir e Viagem à Itália de Roberto Rosselini.
Serão exibidos mais 3 longas raros de Rohmer, não lançados no Brasil, como Perceval, o gaulês, O agente triplo  Os amores de Astrée e Céladon.


Eric Rohmer (1920-2010) foi diretor francês emerso do mundo das letras e da crítica de cinema.
Com uma carreira magnânima assim como longinqua, sendo o único da corrente da Nouvelle Vague francesa a perdurar na carreira. Foi editor da Cahiers du Cínema em uma época conturbada pelos ideais revolucionários da juventude, a sede de transição e de mudanças dos jovens. Nascera a Cinefilia, um movimento que foi fundamental para o cinema autoral, político, libertário. Foi um contraponto do pós-guerra e os regimes totalitários da europa.
Henri Langlois em sua gestão na Cinemateca Francesa se tornou um marco da geração dos futuros diretores. Estavam lá Godard, Truffaut, Chabrol, e Rivette. Todos em prol da educação pelo cinema e  o cinema, as armas de luta.
Com Claude Chabrol em 1957 lançou Hitchcock, para então quebrar a entrave do cinema americano, taxado de vendido e raso, repudiado pela elite intelectual, e trazer Howard Hawks, Hitchcock entre outros ao cânone dos mestres da sétima arte.
Seu cinema é a arte suprema. Reverencia o silêncio, a formação de personagens, ilumina a crônica da sociedade pequeno burguesa. Sua estética resvala em uma profundidade de amor a vida, mas em um sentido menos boçal do termo. Adentra pelos planos estáticos, o Impressionismo da cena. Das faces enigmáticas dos quadros de Renoir e os ambientes de Monet, Rohmer  em seu cinema pode assim explicar-nos o que a vida pode trazer para vermos a eternidade.


Confira a programação:

SPCutltura

Ingressos: R$1,00 - retirada de ingressos: na bilheteria, uma hora antes de cada filme
Idade sugerida: 12 anos
Sala Lima Barreto (99 lugares)

Dica do Gros Rouge:

Cinefilia
Antoine de Baecque
Cosac Naify

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